Tudo + um pouco https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br Soluções para facilitar a vida Tue, 19 Oct 2021 13:00:07 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Saiba como cuidar das plantas no inverno https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2021/07/20/saiba-como-cuidar-das-plantas-no-inverno/ https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2021/07/20/saiba-como-cuidar-das-plantas-no-inverno/#respond Tue, 20 Jul 2021 12:00:35 +0000 https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/files/2021/07/hortinha-320x213.jpg https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/?p=2321 No inverno, alguns cuidados especiais são necessários para que as plantas se mantenham saudáveis mesmo com as temperaturas mais baixas e a menor incidência de luz. Neste post, a equipe do Jardim Botânico do Instituto Inhotim, que produz a seção Seu Jardim em parceria com a Folha, ensina como cuidar das plantas na época mais fria do ano.

Luz
Nesta época do ano, a incidência de luz solar é menor. Então é importante observar se suas plantas estão, em algum momento, recebendo luz. Você pode mudar os vasos de posição e colocá-los mais próximos às janelas.  Mas é preciso atenção para que as plantas não fiquem expostas ao vento forte ou a geadas.

Rega
Durante o inverno, a quantidade e a frequência das regas devem ser menores que nas outras estações do ano. O objetivo é oferecer água às plantas sem deixar que o solo fique encharcado, o que facilita o aparecimento de fungos.

Lembre-se sempre de colocar as pontas dos dedos na terra antes de molhá-la. Se ela ainda estiver úmida, é melhor deixar para regar em outro dia.

Uma dica é para deixar as folhas mais bonitas é borrifá-las com água durante o dia. Como cuidado adicional, coloque a água no borrifador e espere alguns minutos para que ela chegue à mesma temperatura do ambiente.

Uma boa dica é sentir a umidade da terra com o dedo; na imagem, trata-se de um vaso de Aglaonema (Divulgação)

Manutenção

O ideal é que a adubação não seja feita neste período do ano, porque excesso de nitrogênio pode facilitar o aparecimento de fungos.

Também não é o momento de fazer mudas, já que as plantas diminuem o metabolismo no inverno. Isso faz com que algumas folhas nasçam menores comparadas às mais velhas. Na primavera, possivelmente, nascerão novas folhas além de flores. As podas devem ser feitas apenas para retirada de galhos e folhas secas.

Nesta época do ano, é interessante afofar a terra dos vasos, o que auxilia na absorção de luz e na oxigenação do solo. Você pode utilizar uma colher de jardinagem pequena para isso. Apenas fique atento para não encostar nas raízes ou no caule.

Proteção
A estação é um momento de menor crescimento das folhas de hortaliças. Para garantir a proteção da sua horta (ou de outras plantas em vasos), adicione uma camada de folhas e galhos secos ao substrato para servir como isolante térmico, além de repor a matéria orgânica, melhorando a fertilidade e a textura do solo. 

Podem ser usados diferentes materiais para fazer essa cobertura, desde que estejam secos, sejam de origem vegetal e estejam em pedaços pequenos –por exemplo casca de pinus, fibra de coco, serragem e casca de amendoim. A medida também ajuda no afastamento de pragas.

Em lugares onde o frio é mais intenso e há ocorrência de geada, deve ser usada um manta térmica, que evita o contato direto do orvalho noturno com as plantas. Você pode utilizá-la para cobrir gramados e, em alguns casos, a planta toda, mesmo em vasos.

Pragas e doenças
No inverno,  a proliferação da maioria das pragas e doenças fica reduzida. Por isso, é um bom momento para controlá-las de forma eficiente. Entretanto, há uma maior incidência de doenças pelo surgimento de fungos,  uma vez que a terra tende a ficar mais úmida por conta da baixa evaporação.   Lesmas e caracóis também são pragas comuns no inverno devido à umidade elevada. Por isso, fique atento às regas.

Exuberância
Algumas espécies atingem seu esplendor justamente no inverno.  Florescem nesta época do ano: i
pê-roxo, ipê-amarelo, mulungu, manacá-da-serra, pata-de-vaca, begônia, camélia, cerejeira, gardênia, falso-íris, azulzinha e azaleia. Amor-perfeito é uma das espécies de flores mais comuns e resistentes ao frio, podendo suportar até mesmo geadas. 

Hibernação
Devido às baixas temperaturas, à menor disponibilidade de luz e à baixa umidade, algumas espécies entram em uma espécie de hibernação. Elas ficam com as folhas amareladas ou as perdem completamente. Isso é comum em plantas que possuem estruturas de armazenamento, tais como as aráceas –caso do tinhorão.  Algumas árvores frutíferas também perdem suas folhas no inverno, como a jabuticabeira.  Há ainda  suculentas podem entrar no processo de hibernação, os gêneros Echeveria, Kalanchoe e Senecio.

Tem alguma dúvida de jardinagem? Mande a sua pergunta para o email tudomaisumpouco@grupofolha.com.br.

A seção Seu Jardim é uma parceria da Folha com o Instituto Inhotim

]]>
0
Como fazer com que as orquídeas floresçam? Veja resposta para esta e outras dúvidas de jardinagem https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2021/06/08/como-fazer-com-que-as-orquideas-florescam-veja-resposta-para-esta-e-outras-duvidas-de-jardinagem/ https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2021/06/08/como-fazer-com-que-as-orquideas-florescam-veja-resposta-para-esta-e-outras-duvidas-de-jardinagem/#respond Tue, 08 Jun 2021 13:00:55 +0000 https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/files/2021/06/orquideas-320x213.jpg https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/?p=2300 Neste post, a equipe do Jardim Botânico do Instituto Inhotim, que produz a seção Seu Jardim em parceria com a Folha, esclarece dúvidas de leitores enviadas por email (tudomaisumpouco@grupofolha.com.br).

Minha rosa-do-deserto tem folhas lindas e solta botões, mas eles não se abrem. Minhas orquídeas também não florescem. O que devo fazer?
Sirlei Souza

As orquídeas são um grupo extremamente diverso, portanto há variações na floração de acordo com a espécie. De forma geral, elas florescem uma vez um ano, com a duração de alguns dias, semanas ou meses. A orquídea Phalaenopsis, por exemplo, pode florir até três vezes por ano.

A floração exige uma enorme quantidade de energia da orquídea. Uma forma de tentar garantir que ela consiga se manter saudável e se desenvolver é fornecendo iluminação adequada e os nutrientes de que precisa.

O ideal é adubá-la com certa frequência, utilizando adubo químico ou orgânico. O químico mais recomendado é o NPK 20-20-20 (nitrogênio, fósforo e potássio), que pode ser usado toda semana ou cada 15 dias. Faça a diluição de acordo com a orientação do fabricante. Um adubo orgânico muito utilizado em orquídeas é o Bokashi, farelo colocado na borda do vaso, que vai liberando aos poucos os nutrientes para a planta.

Se o problema não for nutriente, experimente mudar a orquídea de lugar, porque pode haver algum problema com a iluminação. Faça isso de forma gradual, para que a planta não sofra com uma alteração brusca de luminosidade.

A maioria das orquídeas prefere estar à meia-sombra, caso da Phalaenopsis, e receber luz solar no início da manhã –elas não toleram sol direto entre 11h e 14h. No entanto, algumas espécies vivem bem recebendo luz solar direta, a exemplo de orquídeas terrestres, como a bambu, que é bem rústica e resistente.

A irrigação também é essencial para uma orquídea saudável. É importante que a rega seja feita pela manhã, até as 9h, ou no fim da tarde, entre às 16h e às 18h.

Rosa-do-deserto (Nayara Mota/Divulgação)

Em relação à rosa-do-deserto, inúmeros fatores podem estar por trás dos botões que não se abrem: baixa iluminação, falta de nutrientes ou anomalias genéticas da própria planta. Em geral, se essa espécie crescer em um local de sombra, vai acabar produzindo mais folhas e menos flores.

A fertilização também pode contribuir com uma floração melhor. O fósforo é elemento essencial para que ela ocorra.

Se a sua rosa-do-deserto está produzindo botões muito grandes, cheio de pétalas, pode ser que ela esteja sem forças para abri-los. Nesse caso, uma dica é podar a planta. Lembre-se de esterilizar o material que irá usar e aplicar canela em pó no local após o corte, para não provocar infecções.

Verifique também se a planta não está adoecida em razão de algum patógeno, como fungos e ácaros, ou se há insetos pousando nela, que podem estar sugando a seiva da flor.

Tanto no caso das orquídeas quando no da rosa-do-deserto, as flores não devem ser molhadas, porque isso pode reduzir sua qualidade e durabilidade.

Gostaria de saber como evitar que os pés de tomate fiquem esbranquiçados e/ou amarelados. Há algo que eu possa usar para melhor a saúde do tomateiro?
Lourdes Isaac

Esses sintomas podem ser indício tanto de falta de nutrientes quanto de alguma doença. O esbranquiçado pode ser ataque de fungos ou de um tipo de cochonilha (inseto parasita que suga a seiva e os nutrientes das plantas e secreta uma cera doce que favorece o ataque de fungos e formigas).

É natural que haja um amarelamento das folhas velhas, mas, se isso ocorrer nas folhas novas, o problema é nutricional. De qualquer forma, seria interessante trocar o substrato, adubar o tomateiro e eliminar as plantas doentes. Também é indicado verificar se a rega não está sendo excessiva e deixar as plantas com maior espaçamento, para permitir uma boa ventilação.

Costela-de-adão (Monstera deliciosa) em Inhotim (João Marcos Rosa/Divulgação)

Temos uma costela-de-adão há 40 anos em um vaso de barro, que fica em uma varanda bem protegida do sol. Ela está bonita e frondosa. Transplantei algumas mudas para um vaso de plástico, para ficar na minha sala, também com bastante claridade. Isso faz cerca de 40 dias. Nesse novo vaso, com cinco ramos, três ficaram com folhas amarelas e, então, eu acabei cortando-as. As outras duas ainda estão verdes, mas não vistosas. O que devo fazer para elas ficarem bonitas?
Humberto Calima

As folhas amarelas podem ser indício de um processo de adaptação da planta, de uma deficiência de nutrientes ou de excesso de água ou de luz.

A costela-de-adão é originária do México, portanto prefere ambientes quentes e úmidos. Para cultivá-la em vasos, é importante deixar o solo sempre úmido, mas nunca encharcado.

O mais indicado é produzir as mudas durante a primavera, época do ano em que elas mais se desenvolvem. Para cortá-las é extremamente necessário que a tesoura de poda seja esterilizada, para que não haja contaminação. É preciso encontrar o que chamamos de nó, que é a parte da planta de onde as folhas e as raízes novas saem. Para a nova muda, você deve deixar uns três nós, dando preferência aos que já estão com raízes e folhas crescendo.

Coloque a nova muda em um recipiente com água, para que novas raízes cresçam antes de levá-la para a terra. A água deve ser trocada com frequência, pelo menos uma vez por semana. É bom que ela fica em um ambiente de meia-sombra.

Ao observar que as raízes estão desenvolvidas, é o momento de colocá-la na terra. O substrato deve ser rico em matéria orgânica e com boa drenagem. Para isso, você pode utilizar terra vegetal, húmus de minhoca e areia, tudo bem misturado.

É importante deixar a costela-de-adão em um lugar bem iluminado. Feito o plantio, observe se a sua planta vai se desenvolver bem. Se as folhas continuarem amarelando, tente trocá-la de lugar, colocando-a em um ambiente externo.

Tem alguma dúvida de jardinagem? Mande a sua pergunta para o email tudomaisumpouco@grupofolha.com.br.

A seção Seu Jardim é uma parceria da Folha com o Instituto Inhotim

]]>
0
Qual o vaso ideal para hortas? Veja resposta para esta e outras dúvidas de jardinagem https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2021/04/13/qual-o-vaso-ideal-para-hortas-veja-resposta-para-esta-e-outras-duvidas-de-jardinagem/ https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2021/04/13/qual-o-vaso-ideal-para-hortas-veja-resposta-para-esta-e-outras-duvidas-de-jardinagem/#respond Tue, 13 Apr 2021 12:00:34 +0000 https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/files/2021/04/bloghorta-320x213.jpg https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/?p=2241 Neste post, a equipe do Jardim Botânico do Instituto Inhotim, que produz a seção Seu Jardim em parceria com a Folha, esclarece dúvidas de leitores enviadas por email (tudomaisumpouco@grupofolha.com.br) ou por comentários no blog.

Tenho uma pequena horta no meu terraço, onde planto salsa, alecrim, hortelã e manjericão. Ao comprar alguns vasos, notei que eles não tinham furos na parte debaixo que pudessem drenar o excesso eventual de água. Para alguma planta, é imprescindível a presença desses buracos ou é só regular melhor a quantidade de água? 
Elias Assad Warrak, por email

Sempre dê preferência para vasos que tenham furos. Dependendo do material dos vasos que você já tem, tente fazer buracos na parte inferior deles. Outra dica é acrescentar uma camada de pedras no fundo de cada um, para ajudar na drenagem e evitar que a água fique acumulada na região da raiz. Você pode usar qualquer tipo de pedra, como brita, seixos e dolomitas (aquelas pedrinhas brancas utilizadas em jardins), ou argila expandida –que retém parte da água e deixa a terra úmida por mais tempo, amenizando os efeitos dos dias quentes.

Camada de argila expandida no fundo do vaso evita que as raízes das plantas fiquem encharcadas (Karime Xavier/Folhapress)

O excesso de água no fundo do vaso pode causar o apodrecimento das raízes e prejudicar as suas plantas. Se nos vasos que já estão com mudas não houver furos para a saída de água ou uma camada pedras no fundo, fique ainda mais atento à rega. A recomendação para saber se já está na hora de regar é enfiar o dedo na terra. Se ela ainda estiver úmida, é melhor esperar. É preciso também tomar cuidado para que a terra não fique oscilando entre extremos, de seco para encharcado.

Em jardineiras, que são mais baixas, com cerca de 40 cm de altura, mudas com raízes superficiais podem se adaptar melhor, caso de plantas aromáticas, acelga, alface e até mesmo pequenas frutas, como tomate-cereja e morango. Já em vasos maiores, com cerca de 60 cm, você pode cultivar plantas com raízes longas, por exemplo mandioquinha e rabanete.

Foto de maranta tricolor enviada pela leitora Olga Sérvulo (Arquivo pessoal)

Eu e a plantas não nos damos bem, desde sempre. Poderiam, por favor, me dizer o nome da planta cuja foto envio em anexo? Ela está sofrendo comigo e eu com ela há quase dois anos. Estamos prestes a desistir desta relação.
Olga Sérvulo, por email

Não desista ainda, sua plantinha tem salvação! Ela é conhecida popularmente como maranta tricolor ou calateia triostar. Faz parte da família Marantaceae, que inclui muitas espécies tropicais comuns nas urban jungles. Como essa espécie é encontrada abaixo das copas de árvores em florestas, ela se dá muito bem em ambiente sombreado, sendo muito cultivada em espaços internos.

Mas ela exige elevados níveis de umidade, tanto do ar quanto do substrato. Uma dica é borrifar água nas suas folhas, sobretudo nos dias mais secos. As regas devem ser frequentes, e o substrato deve permanecer levemente úmido, sem excesso. Se as pontas das folhas estiverem secas, é sinal de que ela está sentido falta de água.

A adubação não precisa ser intensa, mas deve ocorrer ocasionalmente. A maranta tricolor é resistente: basta que esteja em um lugar razoavelmente iluminado e que receba uma boa rega. A planta pode demorar um pouco para responder a uma mudança, por isso dê um tempo a ela e seja observadora.

Jabuticabeira em varanda de apartamento (Fabio Braga/Folhapress)

E a jabuticabeira? Duas que comprei e coloquei na área de serviço morreram. E hortelã?
Neli Aparecida, em comentário no post sobre luminosidade ideal para cada tipo de planta

Existem diversas variedades de jabuticabeiras, como a sabará, a olho de boi, rajada, paulista, entre outras. Há até a jabuticaba branca que, mesmo madura, permanece com a coloração verde. A jabuticabeira pode ser cultivada em jardins, quintais, pomares e vasos. As mudas produzidas por sementes frutificam após o décimo ano. As produzidas por enxertos podem frutificar mais cedo, por volta do quinto ano.

A árvore costuma chegar a 10 m de altura, por isso é importante escolher bem o lugar em que irá posicioná-la. Para o plantio em vaso, o recipiente deve ter no mínimo 50 cm de altura. A rega pode ser realizada diariamente, mas sem excessos. E, quanto mais sol, melhor para a essa planta. O ideal é que ela receba ao menos três horas de luz solar por dia.

No caso da hortelã, é possível mantê-la em locais ensolarados ou com sombra parcial. É importante que o solo esteja sempre úmido durante o ciclo de crescimento da planta.

Palmeira ráfia (Danilo Verpa/Folhapress)

Gostaria de saber como molhar a palmeira ráfia.
Norma Souto, por email

Essa palmeira gosta de solo úmido, mas não encharcado. Em ambientes internos, você pode molhá-la duas ou três vezes por semana, nos dias quentes. Em períodos mais frios, as regas devem ser mais espaçadas, podendo chegar a uma vez por semana. Em áreas externas, especialmente se a palmeira estiver sob sol pleno, a rega precisa ser mais frequente, a cada dois dias. Caso perceba que as folhas estão ficando com as pontas queimadas, intensifique a frequência das regas. Esse pode ser um sinal de que a planta está sofrendo com o solo seco.

Com alguma frequência, levo rosas para ornamentar a “morada” da minha esposa no Morumby. Ela gostava de rosas. Noto que essas flores não resistem ao campo aberto e ao sol da região. Quais serão as espécies mais adequadas para esse ambiente?
João Baptista Skinner, por email

Você pode tentar espécies floríferas que gostam de sol e são mais resistentes a essa condição, como girassol, azaleia, petúnia, agerato e gerânios.

Tenho uma planta que tinha folhas verde-escuras que, depois de grandes e velhas, ficavam amarelas e caíam. Agora, as folhas estão amarelando muito cedo. Ainda há várias folhas novas verde-escuras crescendo, mas elas não ficam tão grandes como antes. O que pode ser?
Alessandra Kormann, por email

Sem saber de qual espécie se trata, fica difícil responder com precisão. Uma hipótese é que sua planta esteja precisando de adubação. Trocar de vaso também pode funcionar, já que talvez ela só esteja necessitando de mais espaço para se desenvolver.

Tem alguma dúvida de jardinagem? Mande a sua pergunta para o email tudomaisumpouco@grupofolha.com.br.

A seção Seu Jardim é uma parceria da Folha com o Instituto Inhotim.

 

]]>
0
Veja como escolher plantas para cada ambiente da casa https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2021/02/20/veja-como-escolher-plantas-para-cada-ambiente-da-casa/ https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2021/02/20/veja-como-escolher-plantas-para-cada-ambiente-da-casa/#respond Sat, 20 Feb 2021 11:00:38 +0000 https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/files/2021/02/cactosesuculentas-320x213.jpg https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/?p=2183 Na hora de escolher uma planta, é preciso antes pensar nas características do espaço da casa que vai recebê-la. Por exemplo, uma varanda com sol e vento é adequada para espécies que gostam dessa condição, como cactos, cicas, euforbiáceas e pata-de-elefante. Já um ambiente fechado e com pouca luz natural é ideal para plantas que vivem sob a cobertura de uma floresta, como filodendros, antúrios, samambaias e marantas.

É importante lembrar, porém, que um cômodo que fica sem claridade durante a maior parte do dia não deve ser usado para acomodar plantas. Para saber se a luminosidade é adequada, faça um teste: você deve conseguir ler sem forçar a vista nesse espaço. Na sequência, a bióloga do Jardim Botânico do Inhotim Nayara Mota faz recomendações para escolher a espécie apropriada para cada área da casa.

Quarto
O receio de muitas pessoas em manter plantas nesse ambiente pode ter surgido porque, durante a noite, as plantas não fazem fotossíntese, e respiram, assim como os animais, capturando oxigênio e liberando gás carbônico. A taxa de respiração das plantas, porém, não é alta o suficiente a ponto de deixar o ar do quarto rarefeito. De qualquer forma, para manter plantas nessa área é preciso observar se a quantidade de luz é adequada, já que muitos quartos são projetados com menos claridade. Na dúvida, mantenha as plantas próximas à janela.

Banheiro
Como esse espaço normalmente recebe pouca luz e é bastante úmido, escolha espécies que respondem bem a essas características, como aloés, samambaias e lírios-da-paz. Aqui, vale a mesma regra: se o cômodo for pouco iluminado, disponha as plantas ao redor da janela.

Cozinha
Espécies que podem ser usadas para temperar a comida, como manjericão, alecrim e cebolinha, podem ser cultivadas nessa área da casa –desde que esse espaço receba luz solar direta. Se não for o caso, procure espécies indicadas para um espaço com luz indireta ou difusa, caso de flor-de-maio, singônio e violeta.

Área com ar-condicionado
Aposte em espécies resistentes, que toleram o ar frio e seco em um ambiente fechado caso das orquídeas falaenopsis e as zamioculcas. Rústica, a zamioculca é, inclusive, uma espécie coringa para se ter em casa, porque sobrevive em condições com baixa luminosidade e pouca água, e não exige muita manutenção.

Espaço com crianças e animais
Algumas plantas produzem compostos tóxicos para se defender e, por isso, é preciso evitá-las em ambientes acessíveis a crianças e animais de estimação. Espécies ornamentais e resistentes, como as euforbiáceas e as aráceas, fazem parte desses exemplos. As folhas das aráceas costumam ter oxalato de cálcio, que pode causar intoxicação se ingerido. 

Em contato com a pele, o tinhorão pode causar ardência, inflamação e vermelhidão, e a mastigação ou ingestão de qualquer parte da planta pode levar à irritação e ao inchaço de mucosas, a cólicas abdominais, a náuseas e ao vômito.

Responsável pela maior parte das intoxicações e acidentes em casa, a comigo-ninguém-pode, outra arácea, pode causar asfixia se ingerida a ou necrose caso sua seiva entre em contato com a pele. 

Já as euforbiáceas, como a coroa-de-cristo e o bico-de-papagaio, possuem látex que, em contato com a pele, pode provocar irritações, como coceiras e sensação de queimação; caso tenha contato com os olhos, pode causar irritações e prejudicar a visão. Por isso, não esqueça dos cuidados na hora da poda: se possível, use luvas e lave bem as mãos após manusear essas plantas.

Adaptação 

A resposta da planta ao ambiente normalmente é lenta e acontece ao longo de vários dias. Por isso, é preciso observá-la para saber se ela está se adaptando bem àquele local. Verifique a cor das folhas, o estiolamento (alongamento do caule) e a aparência geral. Se o caule estiver alongado, por exemplo, é preciso colocar a planta em um local mais iluminado ou que tenha mais horas de sol direto. Caso as folhas estejam murchas, ela pode estar recebendo mais luz direta do que tolera –ou precisando ser regada com mais frequência.

Ao mudar a planta de espaço, faça isso de forma gradual para que ela não sofra e fique atento também às estações do ano, quando acontecem mudanças de luminosidade dos cômodos.

Plantas resistentes
Caso você esteja em dúvida sobre o local em que vai pôr uma planta, escolha espécies mais resistentes e que possuam alta plasticidade –ou seja, que se adaptam a uma ampla diversidade de ambientes. Essas espécies, aliás, também são boas opções para quem está começando a cuidar de plantas e não quer arriscar. Entre os exemplos, estão a espada-de-são-jorge, a palmeira ráfis e a jibóia, porque suportam tanto a baixa luminosidade (luz difusa) quanto luz direta excessiva.

Tem alguma dúvida de jardinagem? Mande a sua pergunta para o email tudomaisumpouco@grupofolha.com.br

]]>
0
Aprenda de uma vez como não matar suas plantas de sede ou por afogamento https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2020/12/19/aprenda-de-uma-vez-como-nao-matar-suas-plantas-de-sede-ou-por-afogamento/ https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2020/12/19/aprenda-de-uma-vez-como-nao-matar-suas-plantas-de-sede-ou-por-afogamento/#respond Sat, 19 Dec 2020 11:00:35 +0000 https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/files/2020/12/rega-_karime-320x213.jpg https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/?p=2102 Errar a mão na hora da rega é um dos principais motivos que levam muitas plantas de apartamento à morte —seja por sede, seja por afogamento.

Para atender às necessidades de cada espécie, é preciso buscar informações sobre ela e o ambiente em que vive na natureza. A seguir, o paisagista Pedro Nehring, do Instituto Inhotim, ensina como saber a quantidade ideal de água, a frequência das regas e a melhor maneira de fazê-las.

Quanto

Cactos e suculentas, como echeverias e aloés, não toleram rega excessiva. Plantas como imbés, antúrios, filodendros e aráceas precisam de bastante água, assim como frutíferas cultivadas em vasos.

Mas molhar muito é bem diferente de encharcar a planta, o que pode levar ao apodrecimento e aparecimento de fungos e bactérias. Fique atento ao pratinho: o acúmulo no reservatório significa que parte das raízes pode estar submetida à água em excesso —além do risco de proliferação de mosquitos.

As orquídeas são um grupo bem diverso, por isso a preferência varia. As vandáceas, por exemplo, gostam de bastante umidade, principalmente porque suas raízes não estão em nenhum substrato. No caso das cattleyas, não é necessário molhar tanto.

É importante observar o substrato em que a orquídea está. Se ele for muito drenado, caso de brita e casca de pinus, talvez seja preciso regar mais. Se retiver muita umidade, como o esfagno, é preciso ter cuidado para não exagerar.

Mas, de maneira geral, quando falamos de orquídeas, é melhor pecar pela falta do que pelo excesso, para evitar fungos e bactérias.

Quando

De forma geral, o ideal é molhar as plantas pelo menos três vezes por semana. Para aquelas que não gostam tanto de água, duas vezes são suficientes.

As alocásias, por exemplo, devem ser regadas profundamente mas com pouca frequência, para que o substrato consiga secar.  

Prefira regar nos períodos menos quentes do dia, no início da manhã ou no fim da tarde. Nesses horários, a evaporação será menor, e a rega será mais bem aproveitada.

De qualquer modo, é importante ficar atento à planta para saber se a quantidade de rega está adequada. Se estiver recebendo pouca água, as folhas ficarão com um aspecto murcho e o crescimento será comprometido. Se estiver recebendo muita, poderão aparecer fungos e sinais de apodrecimento.

A rega varia também de acordo com as condições do tempo. Quando está muito calor e/ou a umidade do ar está baixa demais, será preciso molhar as plantas com frequência e quantidade maiores do que as habituais.

Uma dica geral para saber se já está na hora de regar é enfiar o dedo na terra. Se ela ainda estiver úmida, é melhor esperar.

Como

Não se deve molhar apenas um ponto da terra, na direção do caule. O ideal é espalhar a água por toda a superfície, para que ela se distribua pelo substrato.

Procure também saber se as plantas que você tem em casa gostam de receber água em outras partes do corpo além da raiz.

Samambaias e aráceas, por exemplo, precisam que suas folhas sejam borrifadas, porque demandam umidade elevada o tempo todo. Já em outras espécies, como algumas orquídeas, folhas molhadas podem causar doenças à planta.

Para quem tem jardim externos, é melhor usar mangueiras. Para quem cultiva em vasos, o indicado é ter um regador e/ou um pulverizador (caso a planta exija um ambiente mais úmido).

Tem alguma dúvida de jardinagem? Mande a sua pergunta para o email tudomaisumpouco@grupofolha.com.br

]]>
0
Como replantar em casa ervas compradas no supermercado https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2020/05/20/como-replantar-em-casa-ervas-compradas-no-supermercado/ https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2020/05/20/como-replantar-em-casa-ervas-compradas-no-supermercado/#respond Wed, 20 May 2020 17:51:31 +0000 https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/files/2020/05/d37460f800b4e0e56c0349c9d3847521475a1a46cf6031e21f5e5bedd89676b3_5ec2dce87ccb8.jpg https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/?p=1972 Por Carolina Muniz

Basta uma ida ao mercado ou à feira para ter temperos frescos por toda a quarentena. É só usar partes desses vegetais para plantá-los novamente, explica Anselmo Augusto de Castro, professor do curso livre de formação básica em jardinagem do Senac São Paulo

Segundo ele, o tempero mais fácil de ser replantado é a cebolinha,  que, em geral, já vem com as raízes. Para isso, deve-se cortar a parte branca do vegetal, deixando cerca de 2 cm da folha, e colocá-la na água, dentro de um copo ou outro recipiente de vidro.

O copo deve ser deixado em um local com bastante luminosidade, mas sem incidência direta de sol. Em contato com a água, as raízes vão crescer e, quando chegarem a pelo menos 2 cm (o que demora de dois a três dias), já é possível transferir a cebolinha para um vaso com terra fofa e rica em matéria orgânica.

O buraco cavado na terra deve ser suficiente para cobrir a parte branca do vegetal. Depois de feito o transplante, é preciso fazer a rega. O mesmo procedimento pode ser repetido com outros temperos, caso de salsinha, alho-poró, capim-limão e aipo.

No caso de alecrim, manjericão, hortelã e tomilho, que não vêm com a parte branca, o processo muda só um pouco. É preciso cortar quatro ou cinco ramos (cada um com cerca de 10 cm), retirar as folhas da parte debaixo e deixá-la submersa em água. Depois de alguns dias, as raízes vão crescer e, então, será hora de transferir a planta para a terra.

Já no vaso, esses vegetais devem ser colocados no lugar da casa onde bate mais sol. Para que vinguem, são necessárias ao menos três horas diárias de exposição à luz solar, diz o professor. Também é importante protegê-las do vento.

No caso da hortelã, é bom que a muda seja acomodada em um vaso exclusivo para ela, já que o seu crescimento pode atrapalhar o de outras plantas. A especificidade do alecrim é o solo, que deve ser mais seco e arenoso. Resistente ao vento, a espécie não existe tantos cuidados e regas, o que facilita para os jardineiros de primeira viagem.

Além das ervas, cebola e alho são boas opções. Para plantar a cebola, basta cortar a parte debaixo, na qual há um pequeno disco e colocá-la na terra úmida. No caso do alho, deve-se se separar cada dente e colocá-lo com a parte de baixo (a que forma a cabeça) dentro de uma mistura de terra e areia bastante úmida. Quando o dente começar a lançar folhas, é hora de transferi-lo para o vaso com terra.

 

 

]]>
0
Paisagistas indicam plantas brasileiras para cultivar dentro ou fora de casa https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2020/01/11/paisagistas-indicam-plantas-brasileiras-para-cultivar-dentro-ou-fora-de-casa/ https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2020/01/11/paisagistas-indicam-plantas-brasileiras-para-cultivar-dentro-ou-fora-de-casa/#respond Sat, 11 Jan 2020 05:00:27 +0000 https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/files/2020/01/WhatsApp-Image-2020-01-10-at-19.04.09-320x213.jpeg https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/?p=1789 Por Marília Miragaia

O Brasil tem uma das maiores biodiversidades do mundo, mas, na hora de montar um jardim, as plantas nativas ainda são pouco usadas, de acordo com paisagistas e biólogos.

Quando bem empregadas, essas espécies reduzem a necessidade de manutenção do jardim. São plantas adaptadas ao entorno, o que diminui os trabalhos de poda, a adubação e a rega, explica o biólogo Anderson Santos, apresentador do programa “Terra Brasil”, no canal Animal Planet, e dono da Escola de Botânica, na região central de São Paulo.

“Tremo na base quando alguém fala que vai limpar o mato de um terreno que acabou de comprar”, afirma Gustavo Martinelli, pesquisador do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. O mato é muitas vezes como as pessoas se referem à vegetação nativa, diz ele.

Nessa “limpeza” são destruídas espécies que poderiam compor um jardim. Um exemplo é a quaresmeira, lembra Martinelli, que também atua como coordenador do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora).

Muitos projetos paisagísticos utilizam plantas “fast-food”, que estão na moda e podem ser encontradas em qualquer lugar, afirma o botânico Ricardo Cardim, da Cardim Arquitetura Paisagística.

Caso da cica (que lembra uma palmeira baixa), da palmeira triângulo, do buxinho (espécie de arbusto) e da areca-bambu. Todas são exóticas, plantas que foram introduzidas em um território que não é o seu de origem.

Para o biólogo Anderson Santos, um dos problemas dessas espécies é que elas não realizam tantas trocas benéficas com abelhas, borboletas e aves, o que desfavorece o equilíbrio ecológico.
Além disso, algumas espécies exóticas não têm predadores locais e podem, assim, ser mais competitivas.

“Quando uma planta evoluiu em uma determinada região, ela tem a capacidade de fortalecer os polinizadores naturais que estão ao redor e consegue usar seus próprios recursos de forma mais eficiente”, explica Cardim, que organiza mutirões de plantio para restabelecer trechos de mata atlântica.

A ausência de uma tradição de paisagismo com plantas nacionais é uma questão cultural, na opinião do pesquisador Gustavo Martinelli. Para ele, essa carência está relacionada à valorização, que existe desde o período colonial, de uma estética europeia.

O assunto entrou na pauta da Semana da Mata Atlântica, realizada em maio de 2019.

“A intenção era estimular escritórios, consumidores e produtores de mudas a usar espécies nativas”, explica Clayton Lino, um dos fundadores da SOS Mata Atlântica e presidente do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, área de conservação reconhecida pela Unesco. O grupo pretende organizar debates, palestras e cursos sobre o tema.

Referência no uso de espécies brasileiras, os paisagistas Roberto Burle Marx (1909-1994) e Haruyoshi Ono (1943-2017) contemplavam a paisagem e a vegetação de um local antes de estabelecer diretrizes para um trabalho.

“O paisagismo deve estar o mais inserido possível dentro do ambiente”, diz Isabela Ono, atual diretora do escritório Burle Marx e filha de Haruyoshi Ono.

Mas é preciso escolher as espécies nativas de acordo com variações climáticas e ambientais em cada região do Brasil.

São informações encontradas nos sites das prefeituras ou do governo do estado, que geralmente têm dados sobre vegetação e clima locais, diz a engenheira agrônoma e especialista em biodiversidade nativa Julcéia Camillo.

Plantas que têm um grau menor de exigência, como o guaimbê, são uma boa forma de começar um jardim de nativas, dentro ou fora de casa.

A espécie foi usada para decorar o corredor de uma casa nos Jardins, zona oeste de São Paulo, feito pelo escritório AS Design Arquitetura, da arquiteta Fernanda Sebrian. A ideia, segundo Sebrian, era aproveitar o volume que a folhagem tem para criar um desenho mais moderno, sem exigir muita manutenção.

Outra planta resistente é a clusia, que tem folhas arredondadas, brilhantes e espessas. Pode ser cultivada em vasos ou canteiros e usada para fazer uma cerca viva para dividir ambientes, explica a paisagista Clariça Lima, do estúdio que leva seu nome.

Quando o projeto prevê mais espaço, ela sugere também árvores como ipê-amarelo, sibipiruna e frutíferas, como pitangueira, grumixameira e cabeluda, ou cabeludeira, que dá um frutinho amarelo e redondo.

Em um projeto do escritório Patrícia Martinez na Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz, interior de São Paulo, a jabuticabeira foi incorporada à decoração a partir de um pedido do morador. Em função da árvore, foi instalada, na sala, uma parede de vidro.

O paisagista responsável, Rodrigo Oliveira, diz que muitos clientes têm uma relação afetiva com árvores frutíferas, como jabuticabeira ou pitangueira.

Essa espécies também conseguem se adaptar a vasos maiores, já que o tamanho da planta pode ser controlado com ajuda de poda.

Mudas de árvores frutíferas são encontradas com facilidade, mas, em geral, conseguir opções de espécies nativas em floriculturas e lojas especializadas dá mais trabalho, explica Nik Sabey, paisagista à frente do Novas Árvores por Aí, que faz plantios coletivos.

Caso o viveiro não tenha nenhum vaso disponível, a sugestão é tentar encomendar.

Ainda que o uso de plantas nativas seja uma discussão importante, não deve existir “discriminação” de espécies exóticas, diz Julcéia Camillo, que também é sócia da empresa de paisagismo Aroeira.

Muitas delas, inclusive, são bem adaptadas a diferentes regiões do país.

“É a mesma coisa com frutas: tudo bem comer maçã, mas você também pode comer cambuci”, diz.

CINCO PLANTAS BRASILEIRAS PARA VASO OU JARDIM

Clusia  Alguns tipos dessa planta têm crescimento vigoroso; outras, de porte menor, como a Clusia fluminensis, podem ser cultivadas em vasos

Guaimbê  Sua folhagem lembra a da costela-de-adão. Pode ser cultivada em áreas de pleno sol e de meio-sol

Grama-amendoim  Floresce no verão em pleno sol, produzindo pequenas flores amarelas

Vedélia  Com uma flor que lembra a margarida, é boa para canteiros e cresce tanto em pleno sol como à meia-sombra

Triális  Apropriada para canteiros, cresce em pleno sol e produz uma pequena flor amarela

Fonte: Harri Lorenzi, engenheiro agrônomo do Jardim Botânico Plantarum, centro de pesquisa e conservação

 

]]>
0
Paisagistas ensinam a cuidar das plantas durante o inverno https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2019/07/06/paisagistas-ensinam-a-cuidar-das-plantas-durante-o-inverno/ https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2019/07/06/paisagistas-ensinam-a-cuidar-das-plantas-durante-o-inverno/#respond Sat, 06 Jul 2019 12:00:39 +0000 https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/files/2019/07/plantainverno-320x213.jpg https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/?p=1642 No inverno, que começou no último dia 21 e vai até 22 de setembro, o cuidado com as plantas deve ser outro. Dependendo da espécie, agora não é uma boa hora para adubar.

É o caso de plantas que florescem na primavera e no verão, chamadas de espécies de dias longos, como caqui, manacá-de-cheiro, hibiscos e glicínia. No época de frio, elas entram em estado de dormência, absorvem menos água e podem perder folhas.

Nesses vasos, não adianta colocar adubo, e a frequência da rega deve ser menor. É o momento ideal para as podas. “Elas vão sentir menos e vão se recuperar melhor”, diz Marcela Carvalho, engenheira agrônoma e paisagista da Mil Plantas.

Já as espécies de dias curtos, como cerejeira, camélia e ipê-rosa, que florescem no inverno, estão em plena atividade. É recomendado adubá-las uma vez por mês, com esterco. Se forem criadas em apartamento, uma opção é o adubo NPK –composto rico em nitrogênio, fósforo e potássio.

Algumas plantas podem ajudar a aumentar a umidade dos ambientes e driblar o tempo seco –é o caso do lírio-da-paz e da jiboia, que têm muitas folhas e precisam de pouca luz.

Os vasos, independentemente do tipo, precisam ser aguados pela manhã, para evitar fungos.

Quem quiser começar uma horta de temperos, também vai ter que esperar. “O frio é uma época ruim para isso. Tempero é sensível”, diz Janaína Nemes, paisagista da VidaVerde Paisagismo.

]]>
0
15 plantas resistentes para cultivar na varanda https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2018/10/05/15-plantas-resistentes-para-cultivar-na-varanda/ https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2018/10/05/15-plantas-resistentes-para-cultivar-na-varanda/#respond Fri, 05 Oct 2018 23:00:49 +0000 https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/files/2018/10/plantas-varanda-150x150.jpg https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/?p=1004 Por Flávia G. Pinho

Nem toda planta se dá bem na varanda. É preciso escolher espécies resistentes ao vento e a variações constantes de luz solar.

Em canteiros e vasos pequenos, as flores rosinha-de-sol e onze-horas são baixas e aguentam bem a incidência solar. A pitangueira e o pé de limão-siciliano, além de outras frutíferas, viram arbustos mesmo em vasos que tenham, no mínimo, 60 centímetros de diâmetro e 60 centímetros de profundidade.

As bromélias gostam de sombra, desde que o ambiente seja iluminado. O mesmo vale para os diversos tipos de filodendro e para samambaias.

Se ventar muito na varanda, evite plantas com folhas grandes e flores. Cactos e suculentas são campeãs em resistência. O alecrim também vai bem nessa situação.

O mais importante é investir em terra de qualidade. O paisagista Felipe Nogueira Stracci, da Plantar Ideias, recomenda as misturas prontas, que mesclam terra, areia e matéria orgânica.

Para garantir o escoamento de água dos vasos e evitar que o acúmulo de líquido apodreça as raízes,  use argila expandida ou manta de drenagem no fundo das peças.

 Veja abaixo algumas dicas  do que plantar (dependendo das características do ambiente) e de como cuidar das plantas.
Bastante sol
  • O que plantar: as flores onze-horas (Portulaca grandiflora) e rosinha-de-sol (Aptenia cordifolia) são baixas e bem resistentes, indicadas para canteiros e vasos pequenos. Frutíferas como a jabuticabeira (Myrciaria cauliflora ou Plinia trunciflora), pitangueira (Eugenia uniflora) e o pé de limão-siciliano (Citrus Limon). Outra opção é a trepadeira jasmim-carolina (Gelsemium sempervirens). “Em apartamentos não tão altos, as flores atraem beija-flores e borboletas”, diz o paisagista Felipe Nogueira Stracci.
  • Como cuidar: regue um pouco todos os dias, ou coloque bastante água dia sim, dia não. A terra deve estar sempre úmida. Faça a irrigação à noite ou bem cedo, antes de o sol esquentar.
Pouco sol
  • O que plantar: as bromélias (família das Bromeliaceae), disponíveis em vários tamanhos, gostam de viver na sombra, desde que o ambiente seja iluminado. O mesmo vale para os diversos tipos de filodendro (família das Araceaes), para as decorativas samambaias, que pertencem a diversas famílias, e para a folhagem pleomele verde (Dracaena reflexa).
  • Como cuidar: à sombra, pois é mais fácil manter a umidade do solo. Teste com o dedo e regue apenas quando a terra estiver começando a secar, com cuidado para jamais encharcar.
 Muito vento
  • O que plantar: evite plantas com folhas grandes e flores, que não aguentam rajadas de vento. Cactos e suculentas são campeãs em resistência. O alecrim, com suas folhas bem fininhas, também vai bem nessa situação, assim como a folhagem barba-de-serpente (Ophiopogon jaburan). Se precisar de uma forração baixinha, opte pela grama-amendoim (Arachis repens).
  • Como cuidar: a frequência das regas depende da quantidade de sol. O ideal é é manter a terra sempre úmida.

Leia também:

Estudo mostra que mulheres ficam mais felizes com flores em casa; saiba como fazê-las durar mais

Flores artificiais ficam mais realistas e dividem designers; saiba como usar

Além das suculentas: conheça 8 plantas que são duras de matar

Leia mais sobre carreira, decoração, carros e negócios

]]>
0
Além das suculentas: conheça 8 plantas que são duras de matar https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2018/08/04/alem-das-suculentas-conheca-8-plantas-que-sao-duras-de-matar/ https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/2018/08/04/alem-das-suculentas-conheca-8-plantas-que-sao-duras-de-matar/#respond Sat, 04 Aug 2018 09:00:01 +0000 https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/files/2018/08/ficus-150x150.jpg https://tudomaisumpouco.blogfolha.uol.com.br/?p=735 Por Danae Stephan

Você adora plantas, mas não consegue manter nenhuma viva por mais do que um par de meses?

Pois existem espécies bem fáceis de cuidar, que não exigem regas constantes e que se adaptam bem a praticamente qualquer ambiente ­–e a qualquer tipo de dono.

Não estamos falando apenas de cactus e suculentas, as plantas duras de matar por excelência.

Há várias opções, nativas ou exóticas, tão fáceis de cuidar quanto elas.

A paisagista Clariça Lima sugere quatro tipos que sobrevivem em áreas sem iluminação e com pouca ventilação, e quatro espécies ideais para áreas externas.

“Dá para ter plantas até em escritórios que ficam com ar-condicionado ligado direto”, diz.

No geral, todas ficam bem com regas quinzenais ou mensais e adubação a cada quatro meses.

No mais, é bom cuidar para não exagerar na quantidade de água, o que pode apodrecer o caule da planta.

“Mesmo se não adubar com essa frequência, essas espécies não vão morrer. Elas podem não ficar tão vistosas, mas resistem”, diz Clariça.

Ela sugere usar um adubo NPK 10-10-10, “bem pouquinho”, misturado à terra própria para jardinagem.

“Quando a terra do vaso tiver baixado uns cinco centímetros, é hora de completar com essa mistura”, ensina.

As vantagens de ter plantas verdinhas em casa são várias: purificam o ar, deixam o ambiente mais aconchegante e são um jeito fácil e barato de mudar a decoração.

Veja na galeria abaixo as espécies indicadas.

Leia também:  

Escolha o vaso certo para a sua casa

Copie e cole: 7 ideias da Casacor fáceis de reproduzir em casa

Seis plantas que ajudam a deixar o ambiente mais úmido em casa

Leia mais sobre carreira, decoração, carros e negócios no Sobretudo.

]]>
0