Aprenda a escolher o piso que combina com cada ambiente da casa
Por Carolina Muniz
Escolher um modelo de piso pela aparência pode ser uma cilada. “É o tipo de uso que deve motivar a escolha, não a beleza”, afirma o arquiteto Leonardo Junqueira.
Para decidir, é preciso levar em consideração a passagem de pessoas, a presença de animais, a exposição à umidade e o conforto térmico.
A madeira tem visual bonito e toque agradável, mas é uma opção mais cara e fica marcada com o uso. Segundo Junqueira, no Brasil, madeiras escuras são mais resistentes.
De fácil aplicação, o piso vinílico oferece um bom conforto térmico e acústico. Não é indicado para ambientes molhados ou com muita incidência de sol, porque o pigmento pode desbotar com o tempo.
Em alta, o ladrilho hidráulico é um material artesanal cuja beleza está em cada peça ser única. Poroso, precisa de impermeabilização a cada cinco anos, segundo a arquiteta Danyela Corrêa.
O porcelanato, em geral, é mais resistente. Mas há dois tipos: o massa única e o esmaltado. Este último conta só com uma camada superficial de esmalte. Com isso, tem mais chance de lascar.
Comprar o piso em quantidade exata é arriscado. Se durante a instalação uma peça quebrar ou precisar de recorte, pode não ser fácil conseguir outra igual.
“De um lote para outro já é possível ter uma pequena variação de espessura ou tonalidade”, diz Marcos Lima, gerente regional da Telha Norte. A orientação, então, é levar pelo menos 10% a mais.
Outro cuidado é escolher o tamanho de peça adequado para a área do cômodo. Em salas amplas, vale apostar em formatos maiores. “O rejunte é a primeira coisa que começa a escurecer. Então, quanto menos tiver, melhor”, diz Corrêa.
Já em espaços pequenos ou com armários embutidos é preciso considerar a necessidade de fazer recortes nas peças. Nesse caso, modelos menores (até 60 cm x 60 cm) são mais indicados.