Fonte com pás velhas celebra trabalho anônimo que ergue a Casacor
A visão preservacionista de Alexandre Furcolin foi espalhada por 400 m² de mata. Seu projeto na Casacor “abraça” a vegetação, fundindo paisagismo e decoração à natureza que já estava ali.
Também integrado ao ambiente projetado por Marina Linhares, o “refúgio urbano” do paisagista envolve calatheas, mazanthas e outras forrações de mata atlântica, além de deques suspensos, de forma a não machucar o solo. É bem legal o visitante ver a vegetação sob os pés em momentos do circuito.
Agrônomo de formação, Furcolin sintetizou o conceito da mostra –“casa viva”– com uma prova de amor à vida que vai além do mundo vegetal. Está na “Fontana Del Lavoro”, fonte sobre um banco metálico que tem água vertendo sobre pás velhas. “Quando cheguei ao espaço, vi as pás indo para a caçamba de lixo. Transformei em escultura. Tanta gente trabalha aqui, mas quando tudo fica pronto somem todos, só ficamos nós”, diz. “Resolvi transformar as pás em escultura, homenageando os trabalhadores da Casacor”.
A Casacor acontece até o dia 29 de julho no Jockey Club de São Paulo, na avenida Lineu de Paula Machado, 875. São 82 ambientes criados por arquitetos, designers de interiores e paisagistas em que a natureza assume o papel central.
A entrada para a mostra custa R$ 60 de terça a quinta e R$ 76 às sextas-feiras e aos finais de semana e feriados, com opção de meia-entrada. Outra possibilidade é comprar o passaporte (R$ 180), que permite entrar todos os dias. Crianças de até 12 anos não pagam.
Há estacionamento e serviço de valet, por R$ 35. Para chegar ao Jockey de transporte público, o jeito mais fácil é ir até a estação Butantã do metrô e seguir de táxi ou Uber (R$ 8,50, pelo aplicativo).