Aprenda a fazer bolsa e porta-marmita usando a técnica japonesa de dobrar tecidos

Por Ana Luiza Tieghi

Com o furoshiki, técnica japonesa de embrulho com tecido, é possível criar sacolas tipo eco bags sem precisar de agulhas nem tesouras.

A técnica consiste em dobrar um tecido de formato quadrado e prendê-lo com nós, e pode ser usada para fazer bolsas, embrulhos, porta-marmitas e porta-garrafas.

A designer e professora Sofia Kamatani, 46, fez mestrado em técnicas de embalagens japonesas e trabalha com a popularização do furoshiki no Brasil desde 2008.

Ela dá aulas da técnica na Aliança Cultural Brasil-Japão, em São Paulo, e explica que o furoshiki era muito utilizado no período Edo japonês, que se iniciou no século 15.

Os senhores feudais tomavam banho em locais coletivos, e levavam suas roupas em embrulhos de pano. Daí veio o nome furoshiki, já que “furo” é banho em japonês, e “shiki” é o ato de forrar, afirma Kamatani.

A técnica perdeu popularidade no país depois da Segunda Guerra Mundial, por causa da concorrência com sacolas de plástico e papel.

Mas em 2006, a então ministra do Meio-Ambiente do Japão, Yuriko Koike, lançou a campanha “Mottainai Furoshiki” (“Não ao Desperdício do Furoshiki”), para retomar o hábito tradicional do embrulho com tecido. E deu certo.

COMO FAZER

Kamatani lançou no início deste ano um e-book sobre a técnica e explica, nas galerias abaixo, o passo a passo para fazer o nó básico, uma bolsa e um porta-marmita –que também funciona como embrulho para presentes.

Para aprender a amarração, o ideal é treinar com dois tecidos diferentes. Faça assim até memorizar os movimentos.

Kamatani indica usar tecidos de algodão, mais resistentes. Na bolsa, foi usado um pano com 1 m², enquanto o porta-marmita foi feito com um tecido de 50 cm².

Tecidos nobres vão bem como embrulho de presentes e viram parte do agrado.

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