Veja ideias originais e simples para mudar a decoração de casa
Ideias originais e simples podem mudar a atmosfera da casa, como provam os ambientes da Morar Mais por Menos São Paulo, exposição aberta à visitação no Alto de Pinheiros, que vai até 17 de novembro.
Criada há 16 anos no Rio, a mostra que reúne arquitetura, decoração, design e paisagismo chega por aqui com 60 projetos focados em sustentabilidade e customização.
Na sala principal, os arquitetos Rodrigo Pochet e Natália de Faria aproveitaram o pé direito duplo e instalaram um escorregador junto da escada que leva ao mezanino. A peça, de chapa de aço carbono e com 4 metros, custou R$ 7.800, incluídas mão de obra e instalação. Foge ao conceito de “acessível” do evento, mas a ideia é boa. “A descontração está no DNA da Morar Mais”, diz a idealizadora da mostra, Ligia Schuback.
Na cozinha assinada pela arquiteta Thaisa Camargo uma antiga geladeira comprada em bazar foi envelopada com adesivo preto, trabalho que custou R$ 400. No teto, ela pendurou um gradil, encontrado numa serralheria por R$ 200 (200 x 80 cm). Após pintura, ele recebeu plantas, mas sua função também é a de porta-panelas.
O dormitório criado para um adolescente tem como destaque o reaproveitamento de antigos jeans. Assinado por Carina Pederzoli e Rodrigo Amaral, o espaço traz uma variedade de almofadas feitas com o tecido das peças descartadas. Quem tiver máquina de costura e habilidades manuais pode fazer igual, gastando só com a linha e o enchimento. Já as da mostra custam R$ 150 cada.
Para quem vai reformar o banheiro, as arquitetas Micheli Marques e Danielle David sugerem que as sobras de peças de cerâmica aplicadas na área do box não sejam dispensadas. Podem ser salpicadas nas demais paredes, criando um toque divertido.
No quarto do casal, a arquiteta Susana Damy levou ao pé da letra o conceito do faça você mesmo, criando desde a cabeceira da cama até os quadros do projeto. A cabeceira foi feita com placa de espuma (165 x 70 cm, R$ 70) revestida com tecido e presa à parede por tiras de couro com botões de pressão (R$ 20) e um varão de madeira. Já o quadro instalado acima da cama foi criado a partir de uma folha seca, pintada com tinta a óleo e colada no fundo de uma moldura.
Já na área externa, uma escultura de bambus chama a atenção, cumprindo o papel de biombo. Idealizada pela arquiteta Elaine Vilela, foi executada por uma equipe de paisagista e serralheiro ao custo de R$ 2.2000, incluindo os bambus.
Também no jardim, o paisagista Marcelo Faisal deu vida nova a uma piscina que estava em estado crítico, mas sem desperdiçar a água que já estava ali ou fazer quebra-quebra. “A água da piscina foi recuperada com um tratamento intensivo de 15 dias ininterruptos de filtragem, até atingir o clareamento. Depois, apenas pintamos a borda com tinta acrílica adequada, gerando economia em revestimentos, argamassa, mão de obra e tempo”, explica Faisal.
Ele calcula custo de R$ 15 por m² de tinta, contra ao menos uns R$ 100 por m² necessários para qualquer outro revestimento. O desafio, diz, é fazer por menos com mais resultados, “sem esquecer a família do ‘R‘: reduzir, repensar, reciclar e reaproveitar”.
Morar Mais por Menos
Até 17 de novembro. De terça a domingo, das 12h às 21h, na avenida Pedroso de Moraes, 2.188, Alto de Pinheiros, São Paulo; morarmais.com.br