Três passos para não errar na hora de comprar os armários da cozinha
Por Flávia G. Pinho
Os armários de cozinha estão cada vez mais bonitos, coloridos e tecnológicos. Mas quem se deixa levar apenas por esses quesitos ao escolher os móveis tem mais chance de se arrepender, adverte a arquiteta Cristiane Schiavoni, de São Paulo. Confira as recomendações da especialista:
1º passo – Meça bem o ambiente
Comece definindo as medidas ideais do armário, sem esquecer de medir o espaço que sobraria para circular, abrir a porta da geladeira e o forno. Não deixe de considerar também a posição da tubulação de gás e das tomadas, para que nenhuma delas seja inutilizada.
Outro item muito importante no momento do planejamento: a altura dos moradores. Em média, a bancada deve ficar a 90 cm do chão – considere 88 cm para alguém com 1,50 m de altura, e 92 cm para quem tem 1,70 m.
Quando a cozinha é pequena, portas do tipo basculante são ideais para os armários altos. “Você pode abrir e continuar circulando normalmente, sem bater a cabeça na porta”, explica a arquiteta.
2º passo – Faça um inventário da sua cozinha
Coloque lado a lado, de forma bem visível, todos os itens que vão para os novos armários, de panelas a mantimentos – aproveite para exercitar o desapego. Agrupe-os então conforme a maneira que pretende guardá-los.
“Só assim a gente consegue planejar as prateleiras, gavetas e nichos que serão necessários”, ela diz.
Gavetões com profundidade em torno de 35 cm, confortáveis de manusear, são a solução mais indicada para armazenar as panelas, segundo Cristiane.
Já os nichos estreitos de uso muito específico, como os porta-panos e porta-temperos, não são práticos porque dificultam novas arrumações. “Prefiro os nichos maiores, organizados com estruturas internas móveis, como aramados. Assim, ficam bem mais versáteis”, afirma.
Não deixe de considerar os cantos – eles também podem ser bem aproveitados com a ajuda de aramados e acessórios retráteis, à venda nas lojas de material de construção e decoração.
3º passo – Bata perna e compare modelos e preços
Definido o tamanho e o formato dos armários, Cristiane sugere começar a pesquisa pelos modelos prontos, que custam menos e podem ser entregues em prazo mais curto – em média, peças produzidas sob medida custam 50% mais.
Nas grandes redes de lojas de decoração e material de construção, o catálogo de produtos vai muito além do básico: é possível encontrar módulos com porta de vidro, escorredor de pratos embutido e gavetão para panelas.
“Já existem até armários prontos que dispensam furação nas paredes, apoiados sobre pés ou rodízios, ideais para quem mora em imóvel alugado”, diz a arquiteta.
O laminado melamínico (nome genérico do acabamento, mais conhecido pela marca Formica), revestimento mais comum nos armários prontos, segue imbatível nos quesitos resistência e praticidade segundo Cristiane – para limpar, basta pano úmido e sabão neutro.
“E já se encontra uma gama enorme de cores e padrões que imitam madeira. Sou adepta das tonalidades fortes. O segredo para não enjoar é equilibrar com tons neutros ao redor.”