Como escolher a luminária certa para cada ambiente
Por Rosane Queiroz
A iluminação é a alma da casa, define o arquiteto Filipe Troncon, da Suíte Arquitetos. “A escolha correta interfere diretamente no conforto e no bem-estar dos moradores”, afirma.
Na hora de escolher a luminária para cada ambiente, o arquiteto leva em conta dois fatores: o equilíbrio entre o design das peças e a função de cada uma delas.
“Uma luminária pendente não pode concorrer com outra pendente, ao lado. É preciso saber dosar e distribuir os modelos, de modo que eles dialoguem entre si, e que sejam úteis e agradáveis para aquele espaço”, diz.
Veja como escolher a luminária para cada ambiente da casa:
Sala de estar
O ambiente pede no mínimo duas e no máximo quatro luminárias. O espaço pode receber pontos de luz no centro, nas mesas de canto e na estante, por exemplo.
“Na estante, fica interessante usar uma luminária de mesa em um dos nichos, com o foco voltado para os objetos, ou outra, com design que funcione como uma escultura, com a luz voltada para a parede de fundo da estante”, diz ele.
Para as mesas de canto, em torno do sofá, vale jogar com estilos e materiais diferentes, como cerâmica, metal, madeira. “De um lado, um abajur tradicional; do outro, uma luminária de piso com design contemporâneo.”
Sala de TV
A iluminação deve ser baixa e indireta, para não concorrer com as imagens da televisão. Pode-se criar “caminhos” de luz, com spots de LED embutidos, no entorno da sala. Ou ainda ter uma luminária de piso, alta, em um dos cantos, com o foco voltado para a parede.
Sala de jantar
A luz pendente sobre a mesa é a estrela da sala de jantar. Vale investir em uma peça maior para ocupar o posto de centro das atenções, seja um lustre de época ou uma cúpula contemporânea.
Outra ideia legal é juntar várias luminárias pequenas (de três a seis) pendentes, uma ao lado da outra, criando uma instalação. Elas podem ser iguais ou de modelos diferentes, mas é importante que sejam do mesmo tamanho.
Para quem quer variar, uma arandela com haste que alcança o centro da mesa é uma boa alternativa aos modelos pendentes.
Escolhida a peça principal, vale tomar cuidado para não criar luzes concorrentes. “O reforço de ponto de luz pode ser feito no teto, com um dimmer para dosar a intensidade”, sugere o arquiteto.
Cozinha
A iluminação da cozinha deve ser forte e funcional. O melhor, segundo o arquiteto, é investir em uma boa luminária de teto e criar nichos de LED nos armários ou prateleiras.
Caso tenha uma mesa, vale instalar uma luminária pendente, de no máximo 40 cm de diâmetro e que permita mover a cúpula para aproximá-la da mesa.
Banheiro
Três pontos focais resolvem a luminosidade do banheiro: uma luz no teto, uma na bancada e outra dentro do box. “Se tiver que tirar uma, elimine a do teto”, diz Troncon.
Na bancada, a sugestão é usar uma dupla de spots com lâmpadas dicroicas, que “criam um efeito cênico e iluminam o rosto”.
Uma novidade para a bancada são os espelhos com iluminação embutida no armário. A segunda luminária pode ser uma plafon quadrada, de 20 a 25 cm de diâmetro, de acrílico ou policarbonato, que comporte uma lâmpada LED Par20.
Quarto
O ponto de partida é saber se o dono do quarto gosta de ler. Se a resposta é sim, a indicação é uma luminária de parede, com haste flexível para ajustar o ponto focal.
“O melhor é que ela é discreta e pode ser usada dos dois lados da cama, sobre o criado mudo, sem concorrer com outro abajur ou luminária de mesa”, afirma.
Se o armário fica no quarto, vale investir em um trilho de spots. “A regra é sempre o equilíbrio, para iluminar o que é preciso, sem quebrar o clima intimista e acolhedor que caracteriza um quarto bem iluminado.”