Como escolher o modelo certo de boxe para o banheiro
Por Flávia G Pinho
O cardápio de boxes para banheiro é cada vez mais variado. É possível escolher o material, o que tem impacto direto sobre o orçamento, e o tipo de abertura, que varia bastante conforme a planta do ambiente. Segundo o arquiteto Renato Andrade, do escritório Andrade & Mello Arquitetura, em São Paulo, quanto menor o banheiro, mais criteriosa deve ser a escolha.
“Em banheiros compactos, o boxe geralmente tem a largura mínima, o que gera problemas na hora de abrir e fechar a porta. A funcionalidade deve ser muito bem analisada”, aconselha.
Para não errar na hora da compra, confira as recomendações dos especialistas.
Material
A grande vantagem dos modelos de acrílico com estrutura de alumínio é o preço, que pode ser até 50% menor.
Segundo a arquiteta Patricia Cillo, de São Paulo, o material não é tão resistente quanto o vidro e demanda mais cuidado na manutenção. “O acrílico engordura com mais facilidade e requer limpeza periódica. Para que não rache, também é aconselhável evitar movimentos bruscos”, avisa.
Quem opta pelo vidro deve estar atento à matéria-prima –somente vidros de segurança (temperado ou laminado) servem para esse fim, de acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).
A entidade também recomenda que seja feita manutenção preventiva anualmente. Um vidraceiro qualificado de02ve checar se todos os componentes estão em boas condições para evitar que o vidro se quebre.
Essas e outras orientações podem ser consultadas no site deolhonoboxe.com.br, elaborado pela Associação Brasileira de Distribuidores e Processadores de Vidros Planos (Abravidro).
Tipo de abertura
Para boxes de abertura frontal, o modelo de porta mais comum é o de correr. Atenção à medida: quando a porta estiver aberta, alerta o arquiteto Renato Andrade, a passagem não pode ter menos de 55 cm.
Se o boxe for muito estreito, a solução pode ser a porta pivotante presa por dobradiças, que abre para dentro ou para fora conforme o espaço disponível, ou a porta articulada, tipo camarão, que deixa livre até 90% do vão.
“Mesmo nesses casos, é fundamental checar se, ao ser aberta, a porta não vai esbarrar no registro ou no chuveiro. Para ser funcional, ela deve abrir inteiramente”, adverte Andrade.
Já o boxe de canto pede outra estrutura. Pode ser o modelo convencional, com dois painéis fixos e duas portas de correr, que se encontram no centro formando ângulo de 90 graus, ou o modelo curvo, disponível apenas em vidro.
Quem não tem problema de espaço pode ainda optar pelo box fixo – um painel de vidro imóvel junto ao chuveiro, que deixa o restante do vão aberto. A solução, porém, só é indicada quando o boxe tem, no mínimo, 1,70 m de largura – o painel de vidro, nesse caso, deve medir entre 1 m e 1,10 m de largura.
Altura
Nos homecenters, os boxes prontos têm altura padrão de 1,90 m. Em geral, o tamanho é suficiente para evitar respingos pelo chão do banheiro, mas nem sempre.
“Dependendo da altura dos moradores, é preciso instalar um boxe mais alto”, afirma Renato Andrade. Nesse caso, porém, só se encontram modelos por encomenda, geralmente mais caros.
Estilo
As lojas oferecem boxes de diferentes cores, sejam eles de acrílico ou de vidro, com variações de cor também nas ferragens.
Mas é possível ir além – o arquiteto Renato Andrade defende o uso de recursos de iluminação, como spots com luzes que mudam de cor, para valorizar o espaço. “O boxe deixou de ser apenas um fechamento de vidro e passou a compor com o estilo de décor”, resume.