Aprenda de uma vez como não matar suas plantas de sede ou por afogamento
Errar a mão na hora da rega é um dos principais motivos que levam muitas plantas de apartamento à morte —seja por sede, seja por afogamento.
Para atender às necessidades de cada espécie, é preciso buscar informações sobre ela e o ambiente em que vive na natureza. A seguir, o paisagista Pedro Nehring, do Instituto Inhotim, ensina como saber a quantidade ideal de água, a frequência das regas e a melhor maneira de fazê-las.
Quanto
Cactos e suculentas, como echeverias e aloés, não toleram rega excessiva. Plantas como imbés, antúrios, filodendros e aráceas precisam de bastante água, assim como frutíferas cultivadas em vasos.
Mas molhar muito é bem diferente de encharcar a planta, o que pode levar ao apodrecimento e aparecimento de fungos e bactérias. Fique atento ao pratinho: o acúmulo no reservatório significa que parte das raízes pode estar submetida à água em excesso —além do risco de proliferação de mosquitos.
As orquídeas são um grupo bem diverso, por isso a preferência varia. As vandáceas, por exemplo, gostam de bastante umidade, principalmente porque suas raízes não estão em nenhum substrato. No caso das cattleyas, não é necessário molhar tanto.
É importante observar o substrato em que a orquídea está. Se ele for muito drenado, caso de brita e casca de pinus, talvez seja preciso regar mais. Se retiver muita umidade, como o esfagno, é preciso ter cuidado para não exagerar.
Mas, de maneira geral, quando falamos de orquídeas, é melhor pecar pela falta do que pelo excesso, para evitar fungos e bactérias.
Quando
De forma geral, o ideal é molhar as plantas pelo menos três vezes por semana. Para aquelas que não gostam tanto de água, duas vezes são suficientes.
As alocásias, por exemplo, devem ser regadas profundamente mas com pouca frequência, para que o substrato consiga secar.
Prefira regar nos períodos menos quentes do dia, no início da manhã ou no fim da tarde. Nesses horários, a evaporação será menor, e a rega será mais bem aproveitada.
De qualquer modo, é importante ficar atento à planta para saber se a quantidade de rega está adequada. Se estiver recebendo pouca água, as folhas ficarão com um aspecto murcho e o crescimento será comprometido. Se estiver recebendo muita, poderão aparecer fungos e sinais de apodrecimento.
A rega varia também de acordo com as condições do tempo. Quando está muito calor e/ou a umidade do ar está baixa demais, será preciso molhar as plantas com frequência e quantidade maiores do que as habituais.
Uma dica geral para saber se já está na hora de regar é enfiar o dedo na terra. Se ela ainda estiver úmida, é melhor esperar.
Como
Não se deve molhar apenas um ponto da terra, na direção do caule. O ideal é espalhar a água por toda a superfície, para que ela se distribua pelo substrato.
Procure também saber se as plantas que você tem em casa gostam de receber água em outras partes do corpo além da raiz.
Samambaias e aráceas, por exemplo, precisam que suas folhas sejam borrifadas, porque demandam umidade elevada o tempo todo. Já em outras espécies, como algumas orquídeas, folhas molhadas podem causar doenças à planta.
Para quem tem jardim externos, é melhor usar mangueiras. Para quem cultiva em vasos, o indicado é ter um regador e/ou um pulverizador (caso a planta exija um ambiente mais úmido).
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